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Dividendos versus Renda Fixa: Qual é a melhor escolha em 2024?

A escolha entre dividendos versus renda fixa como estratégia de investimento em 2024 é um tema relevante para investidores que buscam otimizar suas carteiras em um cenário econômico desafiador. 

Com a inflação elevada e a taxa Selic em patamares altos, os investidores enfrentam a necessidade de avaliar cuidadosamente suas opções.

Os dividendos, que representam uma parcela dos lucros distribuídos pelas empresas aos acionistas, podem oferecer uma fonte de renda passiva e potencial de valorização a longo prazo. 

Por outro lado, a renda fixa, conhecida por sua previsibilidade e segurança, pode ser mais atraente para aqueles que priorizam a estabilidade e a preservação do capital.

Por isso, é fundamental compreender os principais fatores que influenciam os rendimentos de ambos os tipos de investimento, como as condições econômicas e o desempenho setorial.

Neste artigo, veja como escolher entre dividendos versus renda fixa, as principais vantagens e qual a melhor opção.

O que são dividendos e como eles funcionam?

Dividendos são parte dos lucros de uma empresa distribuídos aos seus acionistas, como uma forma de recompensa por investirem no negócio. 

Quando uma empresa apresenta resultados positivos, uma fração de seus lucros pode ser destinada a pagar dividendos, representando uma renda extra para quem detém suas ações.

Isso é particularmente atrativo para investidores que buscam geração de renda passiva.

As empresas que pagam dividendos geralmente pertencem a setores estáveis, como bancos, energia e telecomunicações, que possuem um fluxo de caixa mais previsível.

A política de dividendos de cada empresa é determinada pelo seu conselho de administração, que decide a parcela dos lucros a ser distribuída e quando isso ocorrerá.

Além dos dividendos, muitas empresas brasileiras pagam Juros sobre Capital Próprio (JCP), que são semelhantes, mas possuem diferenças importantes.

O JCP é uma forma de remuneração aos acionistas calculada com base no capital da empresa, sendo deduzido do imposto de renda da companhia. 

Para o investidor, há tributação de 15% sobre o valor recebido a título de JCP, o que não ocorre com os dividendos, isentos de tributação para pessoas físicas no Brasil.

dividendos versus renda fixa
(Reprodução: Freepik)

Benefícios de uma estratégia focada em dividendos

Investir em ações que pagam dividendos pode oferecer diversas vantagens. Entre elas estão:

  • Renda passiva: ao manter ações de empresas que distribuem dividendos regularmente, o investidor recebe uma renda recorrente, sem a necessidade de vender suas ações;
  • Reinvestimento: o reinvestimento dos dividendos recebidos em novas ações pode aumentar o patrimônio do investidor ao longo do tempo, acelerando o crescimento da carteira;
  • Crescimento patrimonial: empresas maduras que pagam dividendos regularmente tendem a ter menor volatilidade e são vistas como mais estáveis, o que pode contribuir para um crescimento sólido do patrimônio.

Setores e ações promissoras para dividendos em 2024

Em 2024, setores como energia, financeiro e infraestrutura continuam a se destacar como bons pagadores de dividendos. 

O setor de energia é conhecido por sua estabilidade, enquanto instituições financeiras como Itaú Unibanco e Bradesco oferecem proventos mensais consistentes.

Além disso, empresas de tecnologias emergentes estão surgindo como novas opções para dividendos, apresentando forte fluxo de caixa e potencial de crescimento.

Para identificar boas pagadoras, é essencial analisar indicadores como dividend yield e payout ratio, além de considerar a sustentabilidade dos dividendos ao longo do tempo. 

Entre as empresas promissoras, destacam-se Itaú Unibanco e Bradesco, que planejam distribuir juros sobre capital próprio em várias datas, e a Caixa Seguridade, com um dividend yield de 8,91% nos últimos 12 meses. 

A Petz também se destaca, com um pagamento robusto de dividendos previsto para este ano. Essas opções oferecem tanto renda passiva quanto perspectivas de crescimento para os investidores.

O que é a renda fixa e como ela funciona?

Renda fixa é uma categoria de investimentos em que a remuneração é definida no momento da aplicação ou segue um índice de referência pré-estabelecido. 

O investidor, ao comprar um título de renda fixa, está, na prática, emprestando dinheiro a uma instituição financeira, empresa ou ao governo, em troca de receber o valor investido acrescido de juros no futuro. 

Esses títulos são conhecidos por sua maior previsibilidade em comparação com os investimentos de renda variável, como ações. Os principais tipos de renda fixa são:

  • Certificados de Depósitos Bancários (CDBs): emitidos por bancos, esses títulos remuneram o investidor com base em uma taxa de referência, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Eles podem ser pré ou pós-fixados, e são uma das opções mais populares;
  • Tesouro Direto: um programa do governo que oferece títulos públicos federais, como o Tesouro Selic (pós-fixado), o Tesouro IPCA+ (híbrido) e o Tesouro Prefixado. Cada um desses títulos oferece uma forma de remuneração diferente;
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs): esses títulos, emitidos por bancos, financiam setores específicos (imobiliário ou agronegócio) e têm a vantagem de serem isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Como funciona o investimento em renda fixa?

Investir em Renda Fixa é como emprestar seu dinheiro a uma instituição. Em troca, você recebe o valor investido acrescido de juros ao final do prazo acordado. 

A rentabilidade da Renda Fixa pode ser prefixada (com uma taxa fixa ao longo do tempo), pós-fixada (vinculada a índices como o CDI ou IPCA), ou híbrida, que combina uma taxa fixa com a variação de um índice inflacionário. 

Além disso, é importante considerar o impacto da inflação para calcular a rentabilidade real.

Por exemplo, se você aplicar R$1.000 em um CDB prefixado a 10% ao ano, ao final de 12 meses, receberá R$1.100, sendo essa uma rentabilidade bruta. Após o desconto do Imposto de Renda, sua rentabilidade líquida será menor, mas ainda pode superar a inflação, garantindo ganho real.

Vantagens da renda fixa: Previsibilidade, segurança e menor volatilidade

Uma das principais vantagens da renda fixa é a previsibilidade. Como os retornos são conhecidos ou seguem um índice previamente definido, o investidor consegue ter uma noção clara do que esperar em termos de rentabilidade, seja em títulos prefixados, onde o rendimento já é conhecido no momento da aplicação, ou pós-fixados, onde o retorno segue indicadores econômicos como CDI ou Selic.

Além disso, a renda fixa é considerada uma opção de menor risco em relação à renda variável. Títulos públicos, por exemplo, são garantidos pelo governo, o que os torna uma escolha segura. 

Outro fator de segurança é a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura até R$ 250 mil por CPF em CDBs, LCIs e LCAs em caso de falência do banco emissor.

A menor volatilidade também é um diferencial. Ao contrário das ações, que podem oscilar drasticamente em curto prazo, os produtos de renda fixa tendem a ser mais estáveis, o que os torna atraentes para investidores com perfil mais conservador ou para aqueles que buscam proteger seu capital.

dividendos versus renda fixa
(Reprodução: Freepik)

Produtos de renda fixa em alta para 2024

Os investimentos em renda fixa têm ganhado destaque em 2024, impulsionados pela alta da taxa Selic, que atrai investidores em busca de maior rentabilidade. 

Os principais produtos de renda fixa são os títulos do Tesouro Direto, como Tesouro Selic, IPCA+ e Prefixado, além de CDBs, debêntures, fundos de renda fixa, e Letras de Crédito Imobiliárias (LCIs) e do Agronegócio (LCAs). 

Esses investimentos oferecem previsibilidade nos rendimentos, com a possibilidade de escolher entre opções pré fixadas, pós-fixadas ou mistas.

A rentabilidade dos investimentos em renda fixa está diretamente relacionada à taxa Selic, que influencia a taxa DI, a principal referência de rendimento nesse tipo de aplicação. Em ambientes de alta taxa Selic, os produtos de renda fixa tendem a ser mais atrativos, proporcionando retornos superiores. 

É importante ressaltar que, apesar de serem considerados de baixo risco, esses investimentos não estão isentos de riscos, e a diversificação é uma estratégia essencial para proteger o patrimônio. Além disso, o investidor deve estar atento à relação entre a inflação e as taxas de juros, pois ambos fatores afetam o retorno real das aplicações.

Dividendos ou renda fixa: Qual opção escolher em 2024?

Na escolha entre dividendos versus renda fixa como estratégias de investimento para 2024, é essencial considerar o perfil de risco, retorno esperado e volatilidade de cada opção. 

Ambas as alternativas possuem características distintas que podem se alinhar melhor a diferentes perfis de investidor, especialmente em um cenário econômico que promete ser desafiador, com inflação elevada e altas taxas de juros.

Os investimentos focados em dividendos envolvem a compra de ações de empresas que regularmente distribuem parte de seus lucros aos acionistas. Esse tipo de investimento tende a atrair investidores que buscam retornos recorrentes e de longo prazo. 

No entanto, a volatilidade é maior, uma vez que o mercado de ações é suscetível a flutuações. Além disso, o retorno dos dividendos pode variar conforme o desempenho da empresa e do setor.

Por outro lado, a renda fixa oferece maior previsibilidade e menor volatilidade, tornando-se uma opção atrativa para investidores mais conservadores. Instrumentos como títulos do governo e CDBs têm risco de perda quase nulo, desde que mantidos até o vencimento. 

No entanto, o retorno, apesar de estável, tende a ser inferior ao das ações no longo prazo, especialmente em períodos de crescimento econômico.

Impacto das condições econômicas em 2024

Em 2024, as condições econômicas, como inflação e taxa de juros, têm papel decisivo na escolha entre dividendos versus renda fixa. 

Com a taxa Selic ainda em patamares elevados, a renda fixa pode se mostrar atraente, especialmente para quem busca preservação de capital e rendimentos estáveis. Investimentos atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+, também podem ser uma boa alternativa para proteger o poder de compra.

Por outro lado, para investidores que visam maximizar o retorno no longo prazo, o mercado de ações com foco em dividendos pode apresentar oportunidades. 

Empresas bem estabelecidas, que conseguem repassar o aumento de custos e manter margens de lucro, continuam distribuindo dividendos, mesmo em cenários de inflação alta. A escolha, nesse caso, dependerá da análise do setor e do potencial de crescimento dessas companhias.

Quando os dividendos são mais vantajosos e quando a renda fixa oferece melhores oportunidades?

Investimentos em dividendos tendem a ser mais vantajosos em cenários de recuperação econômica ou estabilidade de mercado, quando as empresas estão lucrando e distribuindo parte desses ganhos aos acionistas. 

A renda fixa, no entanto, é mais indicada para períodos de incerteza econômica. Em 2024, com a taxa de juros elevada, a renda fixa oferece uma oportunidade única de retornos consideráveis em produtos como CDBs, LCIs e títulos públicos, sem a exposição à volatilidade do mercado de ações.

O perfil de investidor e sua influência na escolha entre dividendos versus renda fixa

A escolha entre dividendos versus renda fixa é fortemente influenciada pelo perfil do investidor. Aqueles que optam por dividendos geralmente têm um foco em crescimento de longo prazo, buscando valorização e geração de renda passiva. 

Esses investidores estão mais dispostos a enfrentar a volatilidade do mercado em troca de potenciais retornos mais altos, preferindo empresas que distribuem lucros regularmente.

Por outro lado, os investidores que preferem a renda fixa costumam ter um perfil mais conservador. Eles priorizam a preservação do capital e optam por investimentos que ofereçam segurança e previsibilidade. 

Com uma baixa tolerância a riscos, esses investidores evitam a volatilidade, preferindo retornos garantidos.

Para identificar seu próprio perfil de investidor, é importante realizar uma autoavaliação, refletindo sobre seus objetivos financeiros e como você lida com riscos. Além disso, existem questionários disponíveis em plataformas financeiras que podem ajudar a obter uma visão mais clara sobre seu perfil. 

Consultar especialistas também pode ser uma opção valiosa para facilitar a escolha entre dividendos versus renda fixa em 2024. Compreender seu perfil é essencial para tomar decisões de investimento que estejam alinhadas às suas necessidades e expectativas.

Conclusão

O investimento em dividendos versus renda fixa apresenta características distintas que atendem a diferentes perfis de investidores e cenários econômicos. 

Os dividendos oferecem a oportunidade de obter renda passiva e potencial crescimento patrimonial, enquanto a renda fixa é apreciada pela previsibilidade e segurança que proporciona. 

Investidores conservadores podem preferir a estabilidade da renda fixa, enquanto aqueles com maior tolerância ao risco podem encontrar nos dividendos uma forma de maximizar seus retornos.

É essencial considerar que não existe uma estratégia única que funcione para todos. A escolha entre dividendos versus renda fixa deve ser alinhada aos objetivos financeiros individuais, à tolerância ao risco e à visão de longo prazo. 

Além disso, uma avaliação contínua das condições econômicas é crucial para ajustar as estratégias de investimento, garantindo que se mantenham relevantes em um ambiente em constante mudança.

A diversificação é uma estratégia para potencializar os retornos e mitigar riscos. Ao combinar investimentos em dividendos versus renda fixa ou diversificar entre diferentes setores e produtos, os investidores podem criar uma carteira mais robusta, capaz de enfrentar as flutuações do mercado. 

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