ABEV3 R$10,90 0,00% ALOS3 R$19,14 0,00% ASAI3 R$6,76 0,00% AZUL4 R$4,17 0,00% AZZA3 R$33,65 0,00% B3SA3 R$11,07 0,00% BBAS3 R$27,77 +0,58% BBDC4 R$12,03 0,00% BBSE3 R$38,99 0,00% Bitcoin R$567.215 -1,43% BPAC11 R$31,62 0,00% BRAV3 R$21,69 0,00% BRFS3 R$20,79 0,00% CMIG4 R$11,10 0,00% CPLE6 R$9,82 0,00% CSAN3 R$7,68 0,00% CYRE3 R$20,67 -0,10% Dólar R$5,78 +0,45% ELET3 R$36,11 -1,20% EMBR3 R$57,46 -3,30% ENGI11 R$40,58 +0,62% EQTL3 R$30,35 +0,70% ggbr4 R$17,09 -2,23% Ibovespa 125.147pts -0,65% IFIX 3.000pts 0,00% itub4 R$33,60 +0,36% mglu3 R$7,24 +0,28% petr4 R$37,13 -0,99% vale3 R$54,02 -0,35%

Fundos Cambiais: O que são, como funcionam e como investir

Fundos Cambiais: O que são, como funcionam e como investir

Como proteger seus investimentos contra a volatilidade da moeda local? Fundos cambiais são uma opção de investimento destinada a proteger o patrimônio contra variações na moeda estrangeira, como o dólar ou o euro.

Eles são compostos principalmente por ativos atrelados a moedas internacionais, sendo uma ferramenta estratégica em tempos de incerteza econômica ou desvalorização da moeda nacional.

No cenário atual, marcado por flutuações cambiais e instabilidade global, os fundos cambiais se destacam como uma forma de diversificação e proteção financeira. Neste artigo, veja o conceito de fundos cambiais, discutir suas vantagens e riscos, e apresentar estratégias para quem busca proteção e diversificação em sua carteira de investimentos.

O que são fundos cambiais?

Fundos cambiais são modalidades de investimento coletivo que têm como objetivo principal acompanhar as variações de moedas estrangeiras, como o dólar ou o euro. Esses fundos são estruturados de forma que o retorno esteja diretamente ligado à valorização ou desvalorização dessas moedas em relação ao real.

Essa opção de investimento é amplamente utilizada por investidores que buscam proteção cambial ou que desejam diversificar seus portfólios em um cenário de instabilidade econômica ou flutuação acentuada das moedas. Os fundos cambiais têm a seguinte composição típica:

  • Ativos cambiais primários: a maior parte dos recursos (geralmente acima de 80%) é alocada em ativos diretamente ligados ao câmbio;
  • Ativos de apoio: uma parcela menor pode ser aplicada em renda fixa ou outros instrumentos, para garantir liquidez e estabilidade;
  • Taxas de administração: como outros fundos, os cambiais possuem custos operacionais, que podem variar dependendo da complexidade e estratégia do fundo.

Por que investir em Fundos Cambiais?

Investir em fundos cambiais é uma estratégia que oferece diversas vantagens para investidores que buscam proteger seu patrimônio, diversificar sua carteira e aproveitar oportunidades de valorização em moedas estrangeiras. 

Esses fundos são fundamentais em momentos de instabilidade econômica, proporcionando segurança e potencial de retorno. A seguir, exploraremos os principais motivos para considerar essa modalidade de investimento.

Proteção contra a volatilidade

Uma das razões mais importantes para investir em fundos cambiais é a proteção contra a desvalorização do real. Em cenários de instabilidade econômica, crises políticas ou eventos globais inesperados, a moeda local pode perder valor rapidamente. 

Os fundos cambiais oferecem uma forma eficaz de mitigar esses riscos, atuando como uma barreira contra as incertezas do mercado. Por exemplo, crises econômicas no Brasil frequentemente levam à fuga de capitais para o exterior, enfraquecendo o real.

Além disso, aumentos nas taxas de juros nos Estados Unidos podem fortalecer o dólar frente às moedas emergentes, impactando negativamente quem tem investimentos concentrados em ativos locais. Instabilidades políticas internas também geram desconfiança, resultando em perda de valor da moeda brasileira. 

Nesses contextos, a valorização do dólar ou do euro compensa possíveis perdas em outros investimentos denominados em real, assegurando maior estabilidade financeira para os investidores.

Diversificação

Os fundos cambiais são uma ferramenta valiosa para quem deseja diversificar suas carteiras de investimento. Ao incluir ativos atrelados a moedas estrangeiras, os investidores reduzem a dependência do real e da economia local, diminuindo os riscos concentrados. 

A diversificação não apenas protege contra eventos adversos no mercado interno, mas também cria uma carteira mais resiliente a choques econômicos globais. Além disso, esses fundos oferecem acessibilidade, permitindo que mesmo investidores com recursos limitados tenham exposição ao mercado cambial, algo que seria mais difícil em operações diretas. 

Assim, a inclusão de fundos cambiais no portfólio é uma estratégia eficiente para equilibrar os impactos de diferentes cenários econômicos, maximizando o potencial de retorno.

Ganhos em cenários de alta do dólar

A valorização do dólar ou de outras moedas estrangeiras em determinados momentos representa uma oportunidade significativa de ganhos para investidores de fundos cambiais. Por exemplo, durante períodos de instabilidade global, como crises geopolíticas ou pandemias, o dólar tende a se valorizar, favorecendo os investidores expostos a esses ativos. 

Além disso, esses fundos oferecem vantagens em relação a investimentos diretos em moeda estrangeira. A gestão profissional proporciona maior eficiência na alocação dos recursos, enquanto a diversificação de ativos protege contra riscos excessivos. 

Essa estrutura permite que mesmo pequenos investidores capturem os benefícios das flutuações cambiais, sem precisar lidar diretamente com as complexidades do mercado de câmbio. 

Dessa forma, os fundos cambiais combinam acessibilidade, segurança e potencial de retorno, tornando-se uma opção atrativa para diferentes perfis de investidores.

Tipos de fundos cambiais

Os fundos cambiais são uma alternativa interessante para quem busca diversificação e proteção no mercado de câmbio. Eles oferecem diferentes estratégias de alocação, que variam desde a exposição direta às flutuações cambiais até o uso de instrumentos mais complexos, como derivativos. 

Cada tipo de fundo cambial atende a um perfil de investidor específico, permitindo escolhas mais alinhadas com os objetivos financeiros e o apetite ao risco de cada um. Vamos explorar os principais tipos de fundos cambiais disponíveis no mercado.

Fundos cambiais tradicionais

Os fundos cambiais tradicionais são a forma mais simples e direta de se expor às variações das moedas estrangeiras. Sua composição é focada em ativos que estão diretamente atrelados ao câmbio, como contratos futuros de moedas, reservas em moeda estrangeira e títulos públicos indexados ao dólar. 

O objetivo desses fundos é replicar as flutuações das moedas no mercado, proporcionando aos investidores uma maneira eficiente de se proteger ou especular sobre a valorização de moedas como o dólar e o euro. 

Esses fundos são indicados para investidores que buscam uma exposição simples e direta ao mercado cambial, com um risco mais previsível, sem a complexidade de outras estratégias.

Fundos cambiais com derivativos

Fundos cambiais com derivativos utilizam instrumentos financeiros mais sofisticados, como contratos futuros, swaps e opções, para obter exposição ao câmbio. A principal vantagem desse tipo de fundo é a maior flexibilidade para ajustar a exposição às moedas estrangeiras, além do potencial de ganhos em cenários de alta volatilidade cambial. 

Esses fundos são adequados para investidores que compreendem os riscos associados aos derivativos e desejam uma gestão mais ativa da sua exposição ao câmbio. 

A utilização desses instrumentos permite ao fundo uma maior capacidade de alavancar lucros durante períodos de flutuação acentuada das moedas, oferecendo uma oportunidade de ganhos adicionais em momentos de grande oscilação do mercado. 

No entanto, é importante notar que essa flexibilidade vem com um risco maior, o que requer um acompanhamento mais próximo do mercado.

Fundos cambiais híbridos

Os fundos cambiais híbridos combinam a exposição ao câmbio com outros ativos, como títulos de renda fixa ou fundos multimercados, para criar uma estratégia de investimento mais equilibrada.

Esses fundos são menos voláteis em comparação com os fundos cambiais tradicionais, pois distribuem o risco entre diferentes tipos de ativos, permitindo que o investidor se beneficie de uma diversificação dentro do próprio fundo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por exemplo, um fundo cambial híbrido pode ser composto por 60% de ativos cambiais e 40% de títulos de renda fixa, oferecendo um mix entre a proteção cambial e a segurança dos ativos de renda fixa. 

Esse tipo de fundo é ideal para investidores que buscam aproveitar os benefícios da exposição cambial, mas com um risco menor e uma abordagem mais conservadora em relação à volatilidade do mercado de câmbio.

Como funcionam os fundos cambiais?

Os fundos cambiais são uma categoria de investimento que busca rentabilidade a partir da variação de moedas estrangeiras, como o dólar e o euro, em relação ao real. São indicados para quem deseja se proteger contra oscilações cambiais ou diversificar sua carteira de investimentos.

Composição da Carteira

A regulamentação no Brasil exige que os fundos cambiais mantenham, no mínimo, 80% de sua carteira alocada em ativos atrelados a moedas estrangeiras. Esses ativos podem incluir:

  • Contratos de derivativos cambiais.
  • Títulos públicos ou privados emitidos em moeda estrangeira.

Os 20% restantes podem ser investidos em outros ativos para proporcionar maior flexibilidade à gestão.

Política de investimento

A política de investimento em fundos cambiais pode seguir duas abordagens principais: gestão ativa ou passiva, cada uma com suas características e estratégias específicas. A gestão ativa envolve um esforço contínuo do gestor para superar o desempenho de um índice de referência cambial, buscando aproveitar as oscilações de curto prazo das moedas. 

O objetivo é gerar retornos superiores à média do mercado, realizando intervenções frequentes e ajustando a carteira conforme as condições do mercado cambial. 

Essa abordagem exige um acompanhamento constante e uma análise detalhada das variações de preço das moedas, com decisões baseadas em previsões e tendências de curto prazo.

Por outro lado, a gestão passiva segue uma estratégia mais simples e menos interventiva. O fundo busca replicar o desempenho de uma moeda específica, como o dólar, sem fazer mudanças frequentes na carteira.

Essa abordagem é baseada na ideia de que é difícil superar consistentemente o mercado e que, a longo prazo, a replicação do desempenho de uma moeda pode ser uma estratégia eficiente e de baixo custo. 

A gestão passiva não exige o mesmo nível de monitoramento e ação constante, o que a torna mais adequada para investidores que buscam uma estratégia mais estável e com menos custos operacionais.

Dentro dessas abordagens, existem diferentes estratégias de investimento que podem ser adotadas para maximizar os ganhos. 

Uma estratégia comum é aproveitar as variações cambiais de curto prazo, buscando ganhos rápidos com a compra e venda de moedas em momentos estratégicos. Essa tática exige rapidez e precisão nas decisões, sendo mais adequada para investidores que têm uma boa compreensão do mercado e uma maior tolerância ao risco.

Além disso, os fundos cambiais também podem ser utilizados como proteção para investimentos de longo prazo, especialmente em cenários de instabilidade econômica. Ao investir em moedas estrangeiras, como o dólar, os investidores podem se proteger contra a desvalorização da moeda local e a inflação, preservando o valor de seu portfólio. 

Essa abordagem é especialmente relevante em tempos de crise financeira ou quando a moeda local está sujeita a grandes flutuações. A utilização de moedas fortes e estáveis pode proporcionar uma maior segurança para o patrimônio investido, garantindo que o valor do investimento seja protegido mesmo em momentos de alta volatilidade.

Impactos do CDI e taxas de juros

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e as taxas de juros no Brasil influenciam diretamente o mercado cambial. Quando a taxa Selic aumenta, pode ocorrer valorização do real, reduzindo a performance dos fundos cambiais. Por outro lado, em períodos de queda de juros, o dólar e outras moedas podem se valorizar frente ao real, beneficiando esses fundos.

Vantagens dos fundos cambiais

Os fundos cambiais oferecem benefícios significativos para investidores que desejam proteção contra oscilações do mercado interno ou exposição internacional.

Proteção Cambial

Em períodos de instabilidade econômica ou crise política, as moedas estrangeiras tendem a se valorizar frente ao real. Nesse contexto, os fundos cambiais atuam como uma forma de hedge, protegendo o patrimônio do investidor contra a desvalorização da moeda nacional.

  • Liquidez: Os fundos cambiais oferecem alta liquidez, permitindo que os investidores resgatem seus recursos com prazos relativamente curtos, dependendo do regulamento do fundo. Isso torna o investimento acessível para quem precisa de flexibilidade.
  • Acessibilidade: Com valores iniciais baixos, os fundos cambiais estão disponíveis em corretoras e bancos, permitindo que pequenos investidores acessem o mercado cambial sem a necessidade de realizar operações diretamente em moedas estrangeiras ou derivativos.
Fundos Cambiais
Reprodução: Freepik

Riscos dos Fundos Cambiais

Apesar de seus potenciais benefícios, os fundos cambiais não estão isentos de riscos, e os investidores devem estar atentos aos desafios envolvidos antes de alocar seu capital nesse tipo de ativo. 

A volatilidade do mercado cambial, o impacto das taxas e impostos, bem como os riscos de mercado, são fatores cruciais que podem afetar a rentabilidade e a segurança dos investimentos.

Volatilidade

O mercado cambial é notoriamente volátil, o que significa que ele pode sofrer variações significativas de preço em curtos períodos. As flutuações no valor das moedas são influenciadas por uma série de fatores complexos, como políticas monetárias de outros países, indicadores econômicos globais e até mesmo eventos políticos e geopolíticos

Por exemplo, a decisão de um banco central importante, como o Federal Reserve nos Estados Unidos, de alterar a taxa de juros pode ter um impacto imediato e forte na cotação de moedas como o dólar ou o euro. 

Da mesma forma, tensões políticas internacionais, como conflitos entre países ou mudanças nas políticas comerciais, podem gerar incertezas e afetar diretamente as taxas de câmbio.

Essa volatilidade pode resultar em grandes flutuações no valor do fundo cambial em períodos curtos. Os investidores podem ver um aumento expressivo na rentabilidade do fundo em momentos de desvalorização de uma moeda, mas também podem enfrentar perdas significativas se a moeda preferencial do fundo se desvalorizar, afetando diretamente o retorno esperado. 

Portanto, é fundamental que os investidores estejam cientes dessa oscilação constante e sejam capazes de gerir suas expectativas diante dos riscos envolvidos.

Impacto de taxas e impostos

Além da volatilidade cambial, outro fator que pode reduzir a rentabilidade de um fundo cambial são as taxas de administração cobradas pelos gestores. 

Essas taxas são aplicadas para cobrir os custos de gestão do fundo e podem impactar diretamente a rentabilidade do investimento, especialmente em fundos com gestão ativa, onde o gestor tenta superar a rentabilidade de um índice de referência, realizando compras e vendas frequentes de ativos. 

A gestão ativa, embora potencialmente mais rentável, tende a ter custos mais elevados devido à complexidade e à frequência das operações realizadas, o que pode diminuir a rentabilidade líquida do fundo.

O Imposto de Renda também incide sobre os ganhos obtidos em fundos cambiais. As alíquotas são regressivas, o que significa que quanto mais tempo o investidor mantiver o recurso investido, menor será a tributação sobre os rendimentos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
banner 2

Para investimentos com prazo de até 180 dias, a alíquota é de 22,5%. Se o período de aplicação for de 181 a 360 dias, a alíquota reduz para 20%, e para prazos entre 361 e 720 dias, o imposto é de 17,5%. Para investimentos com mais de 720 dias, a tributação diminui ainda mais, com uma alíquota de 15%. 

Apesar de o imposto de renda ser uma característica comum nos investimentos financeiros, ele pode reduzir significativamente os lucros obtidos, principalmente se o investidor não mantiver o recurso por um período prolongado.

Risco de mercado

Por último, o risco de mercado é uma das principais ameaças ao sucesso dos fundos cambiais. Esse risco está relacionado à valorização ou desvalorização da moeda brasileira em relação às moedas estrangeiras nas quais os fundos investem. 

Se o real se valorizar, por exemplo, frente ao dólar ou euro, a rentabilidade do fundo cambial pode ser negativa, já que a variação cambial é a principal fonte de rendimento desses fundos. 

Quando a moeda estrangeira se desvaloriza frente ao real, o valor do fundo também tende a diminuir, o que pode resultar em prejuízos para os investidores que tinham expectativa de ganhos com a desvalorização do real.

Esse risco é amplificado por fatores como a intervenção do governo brasileiro em sua política monetária, as expectativas de crescimento econômico e até os fluxos de investimento estrangeiro no país, que influenciam diretamente a demanda pelo real. Portanto, um cenário de valorização do real pode representar um grande desafio para os fundos cambiais, especialmente para aqueles com grandes exposições em moedas estrangeiras.

Quando investir em fundos cambiais?

Investir em fundos cambiais pode ser uma excelente forma de proteção contra variações no mercado de câmbio, além de ser uma alternativa para quem deseja diversificar os investimentos. No entanto, como qualquer outro tipo de investimento, é importante identificar os cenários nos quais a aplicação em fundos cambiais se torna mais vantajosa.

Crises econômicas

Durante períodos de incerteza econômica, o mercado cambial tende a ser mais volátil, com o valor das moedas oscilando com maior intensidade. Nesses momentos, o fundo cambial pode atuar como uma proteção, uma vez que seu objetivo principal é o acompanhamento das variações cambiais, podendo mitigar as perdas do investidor.

Previsão de alta no dólar

 Se as perspectivas apontam para uma valorização do dólar em relação ao real ou outras moedas, investir em fundos cambiais pode ser uma boa estratégia. O fundo tende a se beneficiar da alta da moeda americana, proporcionando ganhos ao investidor que se posiciona antecipadamente.

Necessidade de proteção para viagens internacionais ou compras no exterior 

Se você está planejando viajar ou realizar compras em outros países, o fundo cambial pode ajudar a proteger seu poder de compra. Ao investir em um fundo cambial, o investidor consegue se expor ao desempenho da moeda que será utilizada, minimizando os impactos da flutuação cambial.

Estratégias para investir em fundos cambiais

Investir em fundos cambiais exige uma análise detalhada do mercado e uma estratégia bem definida. A seguir, apresentamos algumas abordagens que podem ser úteis para quem deseja alocar recursos desses fundos de forma eficaz.

Identificar os momentos ideais

Para investir com sucesso em fundos cambiais, é importante identificar as tendências de alta ou baixa no câmbio. Isso pode ser feito por meio de análises macroeconômicas, observando fatores como:

  • Taxas de juros: quando a taxa de juros de um país aumenta, a moeda local tende a se valorizar. Portanto, se houver uma previsão de aumento da taxa de juros no Brasil, pode ser interessante investir em fundos que se beneficiam da valorização do real;
  • Indicadores econômicos: analisar o crescimento do PIB, inflação e outros indicadores econômicos pode ajudar a entender a saúde da economia e a direção do câmbio;
  • Fatores políticos: mudanças políticas significativas, como eleições ou reformas, podem impactar a cotação das moedas. Ficar atento a esses fatores ajuda na hora de decidir quando é o momento certo para investir em fundos cambiais.

Análise de fundos

Escolher o fundo cambial ideal é uma parte importante da estratégia de investimento. Alguns critérios podem ser observados para tomar a decisão correta:

  • Histórico de rentabilidade: Analise o desempenho passado do fundo, mas lembre-se de que rentabilidade passada não garante resultados futuros. Contudo, um bom histórico de rentabilidade pode indicar uma boa gestão e consistência nos resultados.
  • Reputação da gestora: Verifique a experiência e credibilidade da gestora do fundo. Gestoras com bom histórico e especialização em câmbio podem apresentar um diferencial importante.
  • Perfil de risco do fundo: Cada fundo cambial tem um perfil de risco, que pode variar conforme a política de gestão do fundo e os ativos em que o fundo investe. Certifique-se de que o risco do fundo esteja alinhado com o seu perfil de investidor.

Uso estratégico no portfólio

Assim como em qualquer tipo de investimento, é importante alocar uma parte da sua carteira de maneira estratégica, respeitando o equilíbrio entre risco e retorno.

  • Percentual recomendado de alocação em fundos cambiais: em geral, a alocação em fundos cambiais não deve ser muito alta, pois esse tipo de fundo tem um risco mais elevado. Uma recomendação comum é que os fundos cambiais representam até 10% do portfólio de investimentos, dependendo do perfil do investidor;
  • Estratégia de curto e longo prazo: para quem deseja proteção contra a volatilidade do câmbio a curto prazo, os fundos cambiais podem ser uma boa opção. Já para investidores que buscam uma proteção mais duradoura ou até especulação com a moeda, é possível aplicar em fundos cambiais com uma visão mais de longo prazo.

Fundos cambiais vs. Outras opções de proteção cambial

Quando se trata de proteger o patrimônio contra flutuações cambiais, os fundos cambiais não são a única opção. Existem outras alternativas que podem ser consideradas dependendo dos objetivos do investidor.

Compra direta de moeda

A compra direta de moeda é uma alternativa mais direta e simples para quem deseja se proteger contra a variação cambial. Nesse caso, o investidor compra a moeda estrangeira no mercado de câmbio e mantém o valor armazenado em espécie ou em contas no exterior.

  • Vantagens: controle total sobre o montante em moeda estrangeira e a possibilidade de usá-la diretamente em viagens ou compras internacionais;
  • Desvantagens: maior exposição ao risco de flutuação cambial, além de custos de transação e falta de liquidez imediata.

Ações de empresas exportadoras

Investir em ações de empresas exportadoras é uma outra forma de se beneficiar da valorização de moedas estrangeiras. As empresas que exportam produtos para outros países podem ser beneficiadas com a alta do dólar, o que pode refletir em um aumento nos seus lucros.

Embora as ações de empresas exportadoras possam ser uma boa forma de se expor ao câmbio, elas também envolvem o risco de variações no desempenho da empresa e não oferecem a mesma proteção direta que os fundos cambiais.

Fundos multimercado

Os fundos multimercado, que investem em diferentes tipos de ativos, também podem ter exposição ao câmbio. Esses fundos podem ser uma boa opção para investidores que buscam uma estratégia mais diversificada, mas que também desejam alguma exposição ao mercado de câmbio.

Os fundos cambiais têm um foco específico no câmbio, enquanto os fundos multimercado oferecem maior diversificação, mas com risco adicional. A escolha entre um fundo cambial e um fundo multimercado dependerá do nível de risco e da estratégia do investidor.

Como escolher o melhor fundo cambial?

Investir em fundos cambiais pode ser uma estratégia eficaz para quem busca proteção contra a volatilidade da moeda nacional, especialmente em cenários de instabilidade econômica ou flutuações cambiais. 

Veja como analisar esses aspectos e selecionar o fundo cambial mais adequado para proteger seu patrimônio e diversificar seus investimentos de forma eficiente.

1 Análise de rentabilidade

Avaliar o histórico de rentabilidade de um fundo cambial é fundamental para entender o desempenho passado. 

Embora a rentabilidade passada não garanta resultados futuros, ela pode oferecer uma visão sobre como o fundo reage a variações cambiais e outros fatores econômicos. Compare os resultados com o índice de referência do mercado.

2. Avaliação da gestora

A solidez e a reputação da gestora do fundo são fatores essenciais na escolha. Gestoras confiáveis têm maior experiência em estratégias de proteção cambial e geralmente apresentam maior transparência e consistência na administração do fundo.

3. Taxas de administração

As taxas de administração podem impactar significativamente o retorno líquido do investimento. Antes de optar por um fundo cambial, analise se os custos estão alinhados com o desempenho do fundo e avalie se há opções com taxas mais competitivas.

Fundos Cambiais
Reprodução: Freepik

Os fundos cambiais desempenham um papel crucial na proteção e diversificação de investimentos, especialmente em cenários de incerteza econômica e flutuações cambiais. Neste texto, discutimos a importância de avaliar a rentabilidade, a gestora e as taxas de administração antes de investir.

Se você deseja proteger seu patrimônio contra variações cambiais, considere incluir fundos cambiais em sua estratégia de investimento. Lembre-se de que o planejamento financeiro e o acompanhamento contínuo são fundamentais para obter bons resultados.

As mais lidas

FICT3 – FICTOR Alimentos

23 de dezembro de 2024
Fictor agro

Fictor Agro faturou R$1,8 Bilhão e deve crescer mais em 2025.

9 de janeiro de 2025

Como declarar ações no imposto de renda em 2025?

29 de dezembro de 2024
Lula-Fundos-imobiliarios-reforma-tributaria

FII’s devem CAIR MAIS em 2025, após vetos de LULA no texto final da Reforma Tributária

17 de janeiro de 2025

Antes de abrir a conversa no WhasApp

E de começar a ganhar dinheiro com nossa ajuda, deixe seu contato abaixo:

Ao confirmar vamos direcionar AGORA para um de nossos especialistas!