ABEV3 R$13,33 +2,30% ALOS3 R$18,51 +1,54% ASAI3 R$7,16 +0,28% AZUL4 R$3,63 -2,94% AZZA3 R$24,00 +4,85% B3SA3 R$11,60 +10,48% BBAS3 R$27,49 +1,63% BBDC4 R$11,65 +1,75% BBSE3 R$39,16 +1,53% Bitcoin R$481.485 -0,11% BPAC11 R$33,38 +3,25% BRAV3 R$16,93 +0,65% BRFS3 R$18,55 -2,83% CMIG4 R$11,25 +0,36% CPLE6 R$10,09 +1,82% CSAN3 R$7,14 +3,33% CYRE3 R$22,60 +1,62% Dólar R$5,80 0,00% ELET3 R$39,97 +2,15% EMBR3 R$73,85 +1,22% ENGI11 R$40,20 +1,52% EQTL3 R$31,81 +0,28% ggbr4 R$16,48 -0,30% Ibovespa 125.637pts +1,43% IFIX 3.188pts +0,09% itub4 R$33,23 +1,62% mglu3 R$8,46 -1,40% petr4 R$34,44 +1,00% vale3 R$54,50 +1,38%

CDCA no Agro: Como funciona e porque investir no setor

CDCA no Agro: Como funciona e porque investir no setor

O Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio é um dos principais instrumentos financeiros utilizados para captação de recursos no setor agrícola. Ele permite que empresas e cooperativas do agronegócio transformem seus recebíveis em crédito, garantindo maior liquidez e financiamento para suas operações.

Neste guia, veja o que é o CDCA, seu funcionamento, vantagens, riscos e sua importância no financiamento do agronegócio.

O que é o CDCA?

O Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) é um título de crédito privado utilizado como instrumento de captação de recursos para o setor agropecuário. Ele é lastreado em recebíveis provenientes das operações do agronegócio, sendo emitido por cooperativas, empresas agrícolas e tradings.

Seu principal objetivo é permitir que empresas do setor rural antecipem recursos financeiros ao transformar os créditos que têm a receber em um título negociável. Dessa forma, os produtores e distribuidores conseguem financiar suas operações sem depender exclusivamente do crédito bancário tradicional.

O CDCA se tornou um dos mecanismos mais relevantes para o financiamento agrícola, pois atende à necessidade de capital de giro para diversas etapas da cadeia produtiva, desde a produção e colheita até a exportação de commodities. Além disso, é um instrumento de renda fixa, sendo atrativo para investidores interessados em ativos do agronegócio, um setor essencial da economia brasileira.

Importância do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio no setor agrícola

O agronegócio desempenha um papel fundamental na economia brasileira, sendo responsável por uma parcela significativa do PIB, exportações e geração de empregos. No entanto, o setor enfrenta desafios específicos, como a sazonalidade da produção, variações climáticas e oscilações nos preços das commodities.

Para enfrentar esses desafios, os produtores e empresas do setor necessitam de recursos financeiros para investir na produção, armazenagem, transporte e comercialização de seus produtos. O CDCA surge como uma solução eficiente para captação de crédito, permitindo que cooperativas e empresas agrícolas obtenham financiamento diretamente no mercado de capitais.

Dentre os principais benefícios do CDCA para o setor agrícola, destacam-se:

  • Acesso a crédito mais barato e flexível, sem depender de linhas bancárias tradicionais.
  • Atração de investimentos para o agronegócio, aumentando a liquidez das operações.
  • Financiamento de longo prazo, alinhado ao ciclo produtivo do agronegócio.
  • Maior previsibilidade financeira, permitindo um planejamento mais eficiente da produção e comercialização.

Além disso, o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio também contribui para a modernização do setor agropecuário, ajudando empresas a profissionalizar sua gestão financeira e ampliar suas operações de forma sustentável.

Como funciona o CDCA?

O Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) é um título de crédito que viabiliza a antecipação de recursos financeiros para o setor agropecuário. Ele é emitido por cooperativas, agroindústrias e empresas do setor com lastro em recebíveis provenientes da comercialização de produtos agrícolas.

Dessa forma, o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio funciona como uma ponte entre produtores e investidores, permitindo a captação de recursos para financiar as atividades do agronegócio.

A estrutura do CDCA envolve três partes principais: o emitente, responsável pela comercialização dos produtos agrícolas e geração dos recebíveis; o lastro, que garante a existência dos créditos a serem pagos no futuro; e o investidor, que adquire o título e recebe os pagamentos conforme o fluxo financeiro da operação.

Como é feita a emissão do CDCA?

A emissão do CDCA segue um processo estruturado para garantir segurança e transparência nas operações. Inicialmente, a empresa agrícola ou cooperativa vende sua produção a prazo, gerando um fluxo de recebíveis que se tornarão a base para a emissão do título. 

Esses direitos creditórios são, então, transferidos para um veículo específico de securitização, responsável por organizar e estruturar os documentos que servirão de garantia para o CDCA.

Após essa etapa, é emitido e colocado à disposição de investidores interessados, que podem ser desde instituições financeiras e fundos de investimento até investidores qualificados do mercado de capitais. 

O dinheiro arrecadado com a venda dos títulos retorna para o emissor, permitindo a antecipação de receitas e garantindo capital de giro para a continuidade das operações agropecuárias.

Quem pode emitir e investir?

Os emitentes do CDCA são empresas do agronegócio que possuem recebíveis a prazo e desejam transformá-los em liquidez imediata. Isso inclui cooperativas agrícolas, agroindústrias, tradings e empresas comerciais do setor agropecuário.

Já os investidores que podem adquirir o CDCA variam desde fundos de investimento, bancos, seguradoras e investidores qualificados. Como se trata de um título que pode apresentar diferentes prazos e rentabilidades, ele atrai perfis variados de investidores que buscam diversificação de portfólio e exposição ao setor agropecuário.

Características do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio

O CDCA se destaca como um dos principais mecanismos de financiamento do agronegócio no Brasil. Seu funcionamento é respaldado por ativos agrícolas, o que garante maior previsibilidade nos pagamentos aos investidores.

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Ativos lastreados

Os direitos creditórios que lastreiam o CDCA incluem diversas formas de recebíveis agrícolas. Entre os principais ativos aceitos como lastro, destacam-se contratos de venda de produtos agropecuários, faturas de exportação de commodities como soja e milho, e compromissos de compra e venda realizados entre produtores e agroindústrias. Esses contratos garantem a existência do fluxo de caixa futuro, reduzindo os riscos da operação.

Prazo e rentabilidade

Os prazos de vencimento do CDCA podem variar conforme os recebíveis que servem de lastro para o título. Existem certificações de curto prazo, destinadas a operações sazonais, e outras de longo prazo, adequadas a ciclos produtivos estendidos, como o financiamento de safras.

A rentabilidade do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio pode ser prefixada, com uma taxa fixa acordada no momento da emissão; pós-fixada, atrelada ao CDI; ou indexada à inflação, garantindo proteção contra a perda do poder de compra ao longo do tempo.

Tributação

A tributação do CDCA segue regras específicas, sendo um ativo especialmente vantajoso para investidores estrangeiros. Para investidores internacionais, o CDCA conta com isenção de Imposto de Renda, o que o torna ainda mais atrativo como alternativa de diversificação.

CDCA no Agro
Reprodução: Unsplash

Vantagens do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio

O CDCA proporciona benefícios tanto para as empresas emissoras quanto para os investidores, tornando-se uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do agronegócio.

Captação de recursos para o agronegócio

A principal vantagem do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio é permitir que empresas agrícolas obtenham financiamento de maneira eficiente, antecipando recebíveis futuros sem precisar recorrer a empréstimos bancários convencionais.

Acesso a financiamento de longo prazo

Diferentemente das linhas de crédito tradicionais, que costumam ter prazos curtos e taxas elevadas, o CDCA possibilita condições mais flexíveis, permitindo que os produtores e cooperativas financiem suas atividades com menos pressão sobre o fluxo de caixa.

Alternativa ao crédito bancário

O CDCA reduz a dependência de bancos e oferece uma solução de mercado para captação de recursos. Isso permite que as empresas diversifiquem suas fontes de financiamento, mitigando riscos financeiros e garantindo maior previsibilidade nas operações.

Atratividade para investidores

Para os investidores, o CDCA é uma opção interessante, pois oferece rendimentos competitivos, acesso ao setor agropecuário – uma das áreas mais resilientes da economia – e baixa inadimplência, já que os recebíveis costumam estar vinculados a contratos de venda já firmados.

Riscos do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio

Apesar das vantagens, o CDCA apresenta alguns riscos que devem ser considerados antes do investimento.

Risco de crédito

Caso os tomadores dos recebíveis que servem como lastro para o CDCA não realizem os pagamentos conforme o previsto, os investidores podem sofrer perdas financeiras.

Risco de mercado

A rentabilidade do CDCA pode ser impactada por variações na taxa de juros e na inflação, podendo comprometer os ganhos esperados, principalmente em momentos de alta volatilidade no cenário macroeconômico.

Risco climático e operacional

O agronegócio está sujeito a riscos climáticos e operacionais, como secas, geadas e flutuações nos preços das commodities. Esses fatores podem afetar a capacidade de pagamento dos emissores do CDCA.

Risco de liquidez

Embora negociável no mercado secundário, o CDCA pode ter liquidez reduzida, dificultando a venda antecipada do título antes do vencimento.

Regulamentação do CDCA no Brasil

O CDCA é um título amplamente regulamentado no Brasil, garantindo segurança e transparência para investidores e empresas emissoras.

Lei nº 11.076/2004

A Lei nº 11.076/2004 criou e estabeleceu as regras para os títulos do agronegócio, incluindo o CDCA, a Cédula de Produto Rural (CPR), a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

Regulação pelo Banco Central e CVM

A regulamentação do CDCA é dividida entre o Banco Central do Brasil, que supervisiona a parte financeira e de crédito, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que estabelece diretrizes para sua negociação no mercado de capitais.

Obrigações dos Emitentes

As empresas emissoras do CDCA devem seguir normas rigorosas de registro, divulgação de informações financeiras, e manter a transparência sobre os recebíveis que servem de lastro para o título. Isso garante maior credibilidade ao investidor e fortalece o mercado de financiamento agrícola.

Comparação do CDCA com outros instrumentos financeiros do agronegócio

InstrumentoFinalidadeQuem pode emitirInvestidores-alvoLiquidez
CDCACaptação de recursos para o agroCooperativas e empresas agrícolasInvestidores institucionaisModerada
CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)Título securitizadoSecuritizadorasInvestidores qualificadosAlta
LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)Captação de recursos por bancosBancos e financeirasVarejo e investidores institucionaisAlta
CPR (Cédula de Produto Rural)Antecipação de recebíveis de safraProdutores ruraisBancos e empresas do setorBaixa

Como investir em CDCA?

O investimento em CDCA (Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio) tem se tornado uma alternativa cada vez mais atraente para investidores que buscam exposição ao setor agropecuário.

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Por se tratar de um título lastreado em recebíveis do agronegócio, o CDCA permite a captação de recursos para financiar atividades agrícolas, ao mesmo tempo que oferece rentabilidade atrativa para os investidores. 

No entanto, é essencial entender onde adquirir esses ativos, qual o perfil de investidor mais adequado e quais estratégias podem ser adotadas para maximizar o retorno.

Onde comprar CDCA?

Os CDCAs podem ser adquiridos por meio de diversas instituições financeiras especializadas no setor agropecuário e no mercado de capitais. Bancos de investimento, corretoras de valores e plataformas digitais de investimentos oferecem esse título para investidores qualificados ou institucionais.

Além disso, algumas plataformas especializadas em ativos do agronegócio disponibilizam CDCAs para negociação, permitindo que investidores diversifiquem sua carteira de forma mais eficiente. 

No momento da compra, é fundamental avaliar a solidez do emissor, a estrutura de garantias do título e as condições contratuais, como prazos de vencimento e indexação da rentabilidade.

Perfil do investidor ideal

O CDCA é um ativo que pode proporcionar bons retornos, mas possui riscos específicos que devem ser levados em consideração antes de investir. 

Esse tipo de título é mais indicado para investidores que possuem um perfil de risco moderado a arrojado, pois há exposição ao risco de crédito do emissor, além de fatores externos que podem impactar a capacidade de pagamento dos recebíveis agrícolas. Os investidores mais propensos a incluir CDCA em sua carteira são aqueles que:

  • Buscam retornos atrativos atrelados ao agronegócio, setor que historicamente tem uma demanda crescente e forte impacto na economia brasileira;
  • Possuem tolerância ao risco, já que o CDCA está sujeito a oscilações de mercado, fatores climáticos e condições econômicas que podem impactar a performance do setor agropecuário;
  • Querem diversificar a carteira, incluindo ativos agropecuários como forma de aumentar a exposição a um setor essencial para o Brasil, sem depender exclusivamente de ações, renda fixa tradicional ou fundos imobiliários.

Estratégias para aumentar o retorno

Para obter melhores resultados ao investir em CDCA, algumas estratégias podem ser adotadas, garantindo maior segurança e previsibilidade nos rendimentos.

A diversificação é um dos principais fatores a considerar. Investir em diferentes emissões de CDCA, com prazos variados e emissores distintos, ajuda a mitigar riscos e reduzir a dependência de um único ativo. 

Além disso, é essencial avaliar a estrutura de garantias do título, optando por emissões que possuam garantias reais, como penhor agrícola ou seguros de crédito, que minimizam os riscos de inadimplência.

Outro fator é a análise do cenário macroeconômico e do setor agropecuário. O agronegócio é sensível a fatores externos, como variações climáticas, preços de commodities e políticas governamentais. 

Acompanhar as perspectivas do setor e as condições de mercado pode ajudar o investidor a escolher os melhores momentos para entrar e sair de determinadas emissões de CDCA.

Além disso, considerar a rentabilidade do título em relação a outros ativos de renda fixa, como CDBs, LCAs e debêntures, pode ser uma estratégia eficiente para garantir que o retorno esteja dentro das expectativas e que o risco seja compatível com a estratégia da carteira.

CDCA no Agro
Reprodução: Unsplash

O CDCA se destaca como um dos principais instrumentos de captação de recursos para o agronegócio, oferecendo aos investidores uma oportunidade de participar do financiamento de um setor essencial para a economia brasileira. Sua estrutura permite que cooperativas, tradings e empresas agrícolas antecipem receitas, enquanto os investidores podem obter retornos atrativos atrelados ao desempenho do setor.

As oportunidades de investimento em CDCA estão diretamente ligadas ao crescimento do agronegócio e à necessidade de financiamento do setor. Com a alta demanda por crédito agrícola, esses títulos se tornam uma alternativa vantajosa tanto para emissores quanto para investidores.

Por outro lado, os desafios incluem o risco de crédito, que pode impactar a capacidade de pagamento dos recebíveis lastreados no CDCA, além de fatores como volatilidade nos preços das commodities e riscos climáticos que afetam a produção agrícola. Assim, é fundamental que o investidor esteja atento às condições do setor e às garantias oferecidas pelos emissores.

O CDCA é, sem dúvida, uma excelente alternativa para investidores que desejam diversificar seus investimentos e obter rendimentos competitivos no mercado de renda fixa, aproveitando o potencial do agronegócio brasileiro com segurança e eficiência.

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