ABEV3 R$11,02 +0,46% ALOS3 R$19,26 +3,60% ASAI3 R$6,78 +4,31% AZUL4 R$4,59 +2,46% AZZA3 R$34,85 +3,72% B3SA3 R$10,82 +2,56% BBAS3 R$27,73 +1,06% BBDC4 R$12,15 +5,56% BBSE3 R$38,30 -1,19% Bitcoin R$616.580 +2,94% BPAC11 R$31,91 +2,18% BRAV3 R$22,08 +0,87% BRFS3 R$22,03 0,00% CMIG4 R$10,93 +2,34% CPLE6 R$9,74 +2,31% CSAN3 R$7,90 +5,62% CYRE3 R$20,41 +4,40% Dólar R$5,87 +0,15% ELET3 R$36,53 +3,22% EMBR3 R$59,90 +1,20% ENGI11 R$40,08 +4,78% EQTL3 R$30,36 +4,26% ggbr4 R$17,85 +2,18% Ibovespa 126.531pts +2,51% IFIX 2.984pts +0,30% itub4 R$34,00 +2,35% mglu3 R$7,25 +10,02% petr4 R$37,38 +1,30% vale3 R$54,96 +4,09%

COPOM 2025: Primeira reunião sob gestão de Galípolo, indica novo aumento da Selic para 13,25%

Os participantes, maioria indicados pelo presidente Lula, contam com expectativa de aumentos no decorrer do ano, com taxa 15% ao ano. Maior nível em quase 20 anos.

Diante da valorização do dólar e do aumento nos preços dos alimentos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (29) para definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. Este é o primeiro encontro sob a liderança do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.

A expectativa do mercado, conforme indicado no boletim Focus, é de que a Selic tenha um acréscimo de 1 ponto percentual, passando de 12,25% para 13,25% ao ano. Essa será a quarta elevação consecutiva da taxa. 

Na última reunião, realizada em dezembro, o Copom já havia sinalizado a intenção de promover aumentos desse porte tanto em janeiro quanto em março, justificando a decisão com fatores como incertezas no cenário internacional e impactos do pacote fiscal anunciado no fim do ano passado.

A decisão oficial será divulgada no final do dia. Desde setembro do ano passado, a Selic passou por ajustes sucessivos, após ter sido mantida em 10,5% entre junho e agosto. Os aumentos ocorreram de forma gradual, com acréscimos de 0,25 ponto, depois 0,5 ponto e, por fim, 1 ponto percentual.

Fonte: Reprodução/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Impacto na Inflação

Na ata da reunião anterior, o Copom alertou que a política monetária restritiva deve se estender por mais tempo. O Banco Central reforçou a necessidade de elevar os juros devido à desvalorização do real e ao avanço da inflação. 

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O boletim Focus mais recente aponta que a projeção de inflação para 2025 subiu de 4,96% para 5,5% ao ano, ultrapassando o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, permitindo variações entre 1,5% e 4,5%.

Função da Selic

A Selic é a taxa de referência para as demais taxas de juros do mercado e influencia diretamente o custo do crédito e a rentabilidade de investimentos. O Banco Central regula essa taxa por meio de operações no mercado financeiro, comprando e vendendo títulos públicos para manter a inflação sob controle.

Juros mais altos tendem a desestimular o consumo e o investimento, tornando o crédito mais caro e incentivando a poupança. Essa estratégia reduz a pressão inflacionária, mas pode desacelerar o crescimento econômico. Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito se torna mais acessível, estimulando a economia, mas também aumentando o risco de inflação.

As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias. No primeiro dia, são feitas análises sobre o cenário econômico nacional e internacional. No segundo, os diretores do Banco Central deliberam e definem a nova taxa de juros.

Novo Modelo de Meta de Inflação

Desde o início de 2025, a meta de inflação passou a ser monitorada de forma contínua, com a inflação sendo calculada com base nos últimos 12 meses. Com isso, a avaliação não se restringe mais ao fechamento do ano, mas é ajustada mês a mês.

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No último Relatório de Inflação, divulgado em dezembro, o Banco Central manteve a projeção de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) termine 2025 em 4,5%. No entanto, essa previsão pode ser revisada dependendo da trajetória do câmbio e da inflação nos próximos meses.

O resultado da reunião sairá ainda hoje e o próximo relatório está previsto para março.

Imagem destacada: Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao anunciar Gabriel Galipolo como Presidente do Banco Central (28 de agosto de 2024), no Palácio do Planalto.

Foto/Reprodução/Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

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