ABEV3 R$14,21 -0,07% ALOS3 R$19,35 -0,05% ASAI3 R$6,06 -1,62% AZUL4 R$4,40 +0,69% AZZA3 R$32,66 -2,51% B3SA3 R$10,00 +0,71% BBAS3 R$24,67 -0,24% BBDC4 R$12,24 -0,65% BBSE3 R$35,66 +0,68% Bitcoin R$588.145 -2,79% BPAC11 R$30,37 -0,78% BRAV3 R$21,44 +0,89% BRFS3 R$28,69 +1,31% CMIG4 R$11,63 +1,13% CPLE6 R$9,57 -0,21% CSAN3 R$9,36 -0,43% CYRE3 R$18,39 -0,81% Dólar R$6,08 +0,01% ELET3 R$35,95 -1,43% EMBR3 R$56,44 -1,54% ENGI11 R$38,46 -1,54% EQTL3 R$29,58 -0,57% ggbr4 R$21,15 +3,32% Ibovespa 127.210pts +1,00% IFIX 2.999pts -0,63% itub4 R$32,86 +0,49% mglu3 R$8,46 -0,94% petr4 R$40,04 +2,59% vale3 R$59,83 +5,32%

Como a Black Friday pode impactar seus investimentos?

Como a Black Friday pode impactar seus investimentos?

Com a Black Friday se aproximando, você já pensou em como esse grande evento pode influenciar seus investimentos? 

Mais do que um marco para o consumo, a Black Friday movimenta mercados inteiros, impactando setores como varejo, tecnologia, logística e até índices financeiros.

Em sua 14ª edição no Brasil, este evento continua a crescer em relevância, com estimativas de movimentar R$9,3 bilhões em 2024.

Cerca de 85% dos brasileiros já estão se preparando para aproveitar as promoções, demonstrando o aumento do interesse e da confiança nas ofertas. Para os investidores, este é um momento estratégico para identificar oportunidades, avaliar o desempenho de empresas e mitigar riscos.

Aproveitar a Black Friday como investidor requer compreender como esse fenômeno afeta diferentes setores e conhecer as tendências que ele cria no mercado financeiro. Veja neste artigo como a Black Friday pode impactar seus investimentos.

O que é a Black Friday e sua relevância econômica?

A Black Friday é um evento comercial que ocorre na quarta sexta-feira de novembro, logo após o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. 

Reconhecida por seus descontos massivos, ela marca o início da temporada de compras natalinas e movimenta bilhões de dólares globalmente. Essa data é um fenômeno econômico que transformou o varejo ao redor do mundo.

O termo Black Friday surgiu nos anos 1960, usado pela polícia da Filadélfia para descrever o tráfego intenso e os tumultos causados pelo aumento de consumidores no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças. 

Na década de 1980, o termo ganhou uma conotação mais positiva, passando a ser associado ao momento em que os lojistas “saíam do vermelho” (prejuízo) para “entrar no preto” (lucro) graças às vendas.

Inicialmente restrita aos Estados Unidos, a Black Friday tornou-se um fenômeno global. Em países como o Brasil, sua adoção começou em 2010 e rapidamente se consolidou como uma das datas mais aguardadas pelos consumidores e varejistas. 

Dados e impacto econômico

No Brasil, por exemplo, as vendas online cresceram de R$3 milhões em 2010 para R$7,2 bilhões em 2023, de acordo com a ABComm. 

Globalmente, o evento é responsável por bilhões de dólares em faturamento, com empresas investindo pesado em promoções e estratégias para atrair consumidores.

Além de gerar um volume expressivo de vendas, a Black Friday impacta o comportamento do consumidor e as práticas comerciais. Para os varejistas, a data é uma oportunidade para impulsionar o fluxo de caixa antes do Natal.

Muitas empresas utilizam o evento para liquidar estoques e aumentar a visibilidade de seus produtos, enquanto os consumidores aproveitam para adquirir itens de desejo ou necessidade a preços reduzidos. Esse ciclo de consumo cria um impacto duradouro, reforçando o papel da Black Friday como um dos motores do comércio global e regional.

Setores afetados pela Black Friday

A Black Friday é um evento que movimenta a economia global, impactando diversos setores. De varejo a logística e tecnologia, os reflexos desse período oferecem tanto oportunidades quanto desafios.

Varejo e E-commerce

A Black Friday é sinônimo de aumento expressivo no faturamento do varejo e do comércio eletrônico. 

Em 2023, nos Estados Unidos, as vendas online chegaram a impressionantes US$9,8 bilhões, enquanto no Brasil, gigantes como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) reportaram crescimento significativo nas receitas e valorização de suas ações.

Além dessas, empresas como o Mercado Livre (MELI34) e a Intelbras (INTB3) se destacam. O primeiro é líder no comércio eletrônico na América Latina, enquanto o segundo se beneficia da maior procura por dispositivos de segurança e automação durante as promoções.

Apesar dos números positivos, as margens de lucro podem ser impactadas pelos descontos oferecidos para atrair consumidores. Empresas que não planejam adequadamente suas promoções podem enfrentar prejuízos ou uma queda na rentabilidade.

Logística e transporte

A explosão de compras online durante a Black Friday também sobrecarrega o setor de logística e transporte, que precisa lidar com um aumento expressivo no volume de entregas.

Serviços de entrega rápida, armazenamento e distribuição enfrentam grande pressão para atender os pedidos dentro dos prazos estipulados, especialmente em mercados altamente competitivos.

Empresas como JSL (JSLG3) e Tupy (TUPY3) apresentam potencial de valorização durante esse período. A JSL, especialista em logística integrada, e a Tupy, que fabrica soluções industriais essenciais, estão bem posicionadas para atender à crescente demanda.

Tecnologia e meios de pagamento

A digitalização impulsionada pela Black Friday também é sentida no setor de tecnologia, especialmente em empresas que oferecem soluções de pagamento e plataformas de vendas.

As ferramentas digitais, como o modelo Buy Now, Pay Later (BNPL), têm facilitado as compras, tornando-se atraentes para consumidores e lojistas. Isso beneficia tanto as fintechs quanto as grandes empresas de tecnologia.

O aumento nas transações digitais é um impulso significativo para as fintechs e provedores de soluções de pagamento. Empresas que inovam em segurança, processamento e conveniência nas transações têm visto um crescimento acelerado durante o período de compras.

Impactos indiretos nos mercados financeiros

A Black Friday, ao impulsionar as vendas, gera uma série de efeitos indiretos nos mercados financeiros que vão além do simples aumento no consumo. 

Esses impactos afetam as ações e fundos de investimento, o câmbio e a moeda, e o mercado de crédito, criando um cenário de incertezas e oportunidades para investidores e empresas. Veja quais os principais efeitos observados em cada um desses setores.

Ações e Fundos de investimento

A Black Friday tem o potencial de gerar uma movimentação positiva nos preços das ações, especialmente para empresas ligadas ao consumo e ao varejo. Grandes redes de varejo como Magazine Luiza (MGLU3) e  Casas Bahia(BHIA3) costumam registrar um aumento nas vendas, o que impacta diretamente o desempenho de suas ações.

A expectativa de crescimento de receitas durante a Black Friday é um fator-chave para investidores que acompanham o desempenho do mercado de ações.

Com o aumento do volume de vendas durante o evento, as empresas do setor podem ver suas margens de lucro se expandirem, o que atrai compradores de ações e impulsiona a valorização das ações.

Por exemplo, em 2023, a previsão era que a Black Friday movimentasse mais de R$6 bilhões no Brasil. Esse aumento nas receitas tende a gerar uma reação positiva no preço das ações dessas empresas, proporcionando retornos substanciais aos acionistas. 

Além disso, o fortalecimento das vendas pode aumentar a confiança no setor de consumo, criando um ambiente mais favorável para investimentos em fundos de ações focados nesse segmento.

Volatilidade nos preços das ações

Embora as expectativas para o evento sejam geralmente positivas, a Black Friday também pode causar volatilidade nos preços das ações. Isso se deve à imprevisibilidade do comportamento dos consumidores, que, em um cenário de alta inflação e endividamento das famílias, podem não responder da maneira esperada às promoções. 

A taxa de endividamento das famílias brasileiras atingiu 77% em setembro de 2023, o que aumenta o risco de que o consumo durante a Black Friday não seja tão robusto quanto o antecipado. 

A flutuação no volume de vendas e no comportamento do consumidor pode gerar oscilações nas ações antes e depois do evento, desafiando a previsibilidade para investidores.

Câmbio e moeda

A Black Friday não afeta apenas o mercado doméstico, mas também tem implicações para a economia global, especialmente no que se refere à moeda local. O aumento significativo no consumo durante a Black Friday, especialmente de produtos importados, tende a impactar diretamente a cotação da moeda nacional. 

Com o aumento das compras no comércio eletrônico e a dependência de produtos estrangeiros para atender à demanda, o Brasil, por exemplo, pode observar uma pressão sobre a moeda local. 

Esse aumento nas importações pode resultar em uma desvalorização do real frente ao dólar, o que é particularmente relevante para economias como a brasileira, onde as importações frequentemente superam as exportações.

As variações cambiais, impulsionadas pela Black Friday, podem afetar profundamente as empresas exportadoras. Uma moeda local mais fraca torna os produtos nacionais mais competitivos no mercado internacional, já que os preços ficam mais atraentes para os compradores estrangeiros. 

No entanto, esse fenômeno também tem suas desvantagens para as empresas que dependem de insumos importados.

O aumento dos custos de importação, resultante da desvalorização da moeda local, pode afetar as margens de lucro de empresas que compram matéria-prima de fora. Além disso, a queda no valor da moeda local pode elevar os preços dos produtos importados, o que pode impactar a competitividade das empresas que dependem desses insumos para a produção nacional. 

Para as empresas exportadoras, as variações cambiais representam um risco significativo que exige uma gestão eficiente de risco cambial para minimizar o impacto dessa volatilidade no seu desempenho financeiro.

Mercado de crédito

A Black Friday, ao oferecer descontos significativos e promoções atraentes, tende a impulsionar o uso do crédito pelos consumidores. Essa prática, embora atraente no curto prazo, pode resultar em um consumo excessivo que não está alinhado com a capacidade financeira de muitos consumidores.

O aumento no uso de crédito estimula a atividade do mercado financeiro, mas também eleva o risco de inadimplência, especialmente em um cenário onde as famílias brasileiras já enfrentam elevados níveis de endividamento. 

O crédito fácil e as condições promocionais da Black Friday fazem com que muitos consumidores adquiram produtos sem uma avaliação adequada de sua capacidade de pagamento. Esse aumento na dívida pode resultar em dificuldades para quitar os débitos no futuro, elevando a taxa de inadimplência e impactando negativamente o setor bancário e as instituições financeiras.

Riscos de inadimplência e impacto no setor financeiro

A crescente utilização de crédito durante a Black Friday coloca pressão sobre os consumidores, especialmente quando há uma desconexão entre o consumo imediato e a capacidade de pagamento futura. 

De acordo com dados de setembro de 2023, cerca de 18,3% dos consumidores brasileiros relataram não ter condições de pagar suas dívidas.

Esse quadro torna-se ainda mais preocupante quando o aumento do consumo é financiado com crédito, uma vez que as parcelas de pagamento acumuladas podem se tornar insustentáveis para aqueles que já estão em situação financeira fragilizada.

Esse aumento na inadimplência pode ter consequências para o sistema financeiro, com as instituições financeiras enfrentando o risco de crédito e o aumento das provisões para perdas com calotes. Isso pode, por sua vez, elevar os custos do crédito, tornando-o mais caro para todos os consumidores. 

Além disso, uma inadimplência crescente pode desencadear um efeito negativo em cadeia, afetando a estabilidade financeira do setor e, consequentemente, o desempenho da economia como um todo.

Estratégias para aproveitar a Black Friday como investidor

A Black Friday é reconhecida como uma das datas mais importantes para o comércio, mas também pode oferecer excelentes oportunidades para investidores. 

Black Friday
(Reprodução: Freepik)

Análise de relatórios e previsões

Antes de investir, analisar os relatórios financeiros das empresas é uma etapa fundamental. O histórico de desempenho em Black Fridays anteriores pode revelar padrões como crescimento contínuo de vendas, melhora nas margens de lucro ou, pelo contrário, fragilidades em sua estrutura operacional. 

É fundamental observar dados como o crescimento da receita, a capacidade de repor estoques rapidamente e a eficiência no atendimento da demanda sazonal. Empresas com boa gestão de estoque e logística tendem a ter melhores resultados durante esse período.

Após o evento, a análise se torna ainda mais interessante. Dados financeiros pós-Black Friday, como aumento no fluxo de caixa, novos contratos ou parcerias estratégicas, ajudam a avaliar o impacto real das promoções no desempenho das empresas. 

A comparação entre as projeções de mercado e os resultados obtidos pode destacar aquelas que superaram as expectativas e, portanto, têm potencial para crescer a médio e longo prazo.

Além disso, é recomendável o uso de ferramentas analíticas que permitam rastrear indicadores não financeiros, como a movimentação em redes sociais, as avaliações de consumidores e o buzz em torno de produtos específicos. 

Tendências de comportamento, como a adoção de novas tecnologias ou mudanças na preferência por produtos mais sustentáveis, podem indicar oportunidades em setores emergentes.

Diversificação de portfólio

Embora setores como varejo e tecnologia sejam os mais associados à Black Friday, concentrar investimentos nessas áreas pode ser um erro estratégico.

A diversificação reduz os riscos e aumenta a possibilidade de capturar ganhos em outros setores, como logística, transporte e até mesmo energia. 

Por exemplo, o aumento das vendas online durante a Black Friday exige maior eficiência na entrega, beneficiando empresas de transporte e armazenagem, enquanto o consumo elevado de eletrônicos pode impactar indústrias fornecedoras de semicondutores.

Investir em setores emergentes que não estão diretamente ligados à Black Friday, mas que a apoiam indiretamente, é outra tática interessante. Startups que desenvolvem soluções de e-commerce, inteligência artificial aplicada ao varejo ou fintechs focadas em soluções de pagamento digital podem se destacar no período. 

Além disso, observar empresas que diversificam suas receitas para além da sazonalidade, como varejistas que oferecem serviços de assinatura ou marketplaces que expandem sua presença global, pode trazer ganhos sustentáveis.

Empresas resilientes em momentos de alta volatilidade econômica também merecem atenção. Setores como saúde, educação e energia renovável oferecem maior estabilidade e podem complementar um portfólio diversificado, equilibrando o impacto de setores mais expostos às oscilações de consumo.

Foco no longo prazo

Durante a Black Friday, é fácil cair na armadilha de decisões impulsivas, influenciadas por rumores ou picos momentâneos no preço das ações. No entanto, investidores de sucesso mantêm uma visão de longo prazo, focando em empresas com fundamentos sólidos. 

Isso significa priorizar negócios que demonstrem sustentabilidade financeira, inovação e capacidade de adaptação às mudanças do mercado.

Empresas com histórico comprovado de crescimento sustentável, mesmo em tempos de crise, são opções confiáveis. Para identificar essas oportunidades, é essencial examinar métricas como fluxo de caixa consistente, baixos níveis de endividamento e a capacidade de gerar lucro líquido mesmo em períodos economicamente desafiadores. 

Além disso, observar as estratégias de expansão da empresa — como a entrada em novos mercados ou a diversificação de produtos e serviços — pode indicar um potencial de crescimento superior no futuro.

Outro aspecto é avaliar a governança corporativa. Empresas bem geridas, com conselhos administrativos diversificados e transparentes, tendem a ser mais resilientes e adaptáveis. Investir em empresas que valorizam a sustentabilidade e têm compromissos com práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) também pode ser uma forma de assegurar que os ativos sejam relevantes a longo prazo, considerando o aumento da conscientização global sobre esses temas.

Black Friday
(Reprodução: Freepik)

Resumindo

A Black Friday não é um momento estratégico para investidores que desejam explorar as movimentações do mercado. Com um aumento significativo no interesse e no volume de compras esperados para 2024, o impacto desse evento pode se estender muito além do varejo, influenciando setores como tecnologia, logística e até finanças. 

Entender essas dinâmicas é essencial para identificar oportunidades de crescimento e minimizar riscos, especialmente em um cenário em que os consumidores planejam gastar mais e confiar nas promoções. 

Neste ano, faça diferente: olhe além das vitrines e prepare-se para ser um investidor estratégico, aproveitando ao máximo as oportunidades geradas pelo movimento do mercado. Conte com o apoio de uma assessoria de investimentos!

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