A desaprovação ao governo do presidente Lula aumentou em dezembro, segundo a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (11). Os dados mostram que o índice de desaprovação subiu de 45% em outubro para 47%, enquanto a aprovação teve um leve aumento, de 51% para 52%.
A pesquisa também revela que, ao final de 2024, a avaliação positiva do presidente Lula é inferior à do ex-presidente Jair Bolsonaro no mesmo período de mandato: 33% contra 35%.
Reprodução: Genial/Quaest
Desde o início do terceiro mandato, o índice de desaprovação do presidente Luís Inácio Lula da Silva tem crescido, principalmente entre eleitores indecisos. A avaliação positiva segue estável em torno de 50%, até o momento.
Na avaliação geral, o terceiro mandato do presidente Lula oscila entre 33% e 34%. No final do segundo mandato, o atual presidente encerrou com 41% de avaliação positiva.
No segundo ano de seu primeiro mandato, em 2004, a avaliação negativa era de apenas 16%. Já em 2008, no final do segundo ano do segundo mandato, Lula fechou com 6% de avaliação negativa.
De acordo com os entrevistados, as políticas econômicas do governo Lula são vistas como um dos principais pontos negativos. Entre os aspectos mais criticados, destacam-se:
- Deterioração econômica e aumento de preços: 5%
- Reforma tributária e elevação de impostos: 3%
- Declarações públicas e relação com o Congresso: 3%
- Crescimento dos gastos e da dívida pública: 3%
- Não cumprimento de promessas de campanha: 3%
E agora, quais são os desafios do governo do presidente Lula?
Este governo apresenta pior avaliação em comparação aos dois primeiros mandatos de Lula, superando apenas os governos de Fernando Henrique Cardoso (segundo mandato) e Michel Temer.
“A dificuldade em comunicar os resultados econômicos têm impactado a percepção do governo. Apenas 38% dos entrevistados conhecem o pacote de corte de gastos apresentado pelo ministro Fernando Haddad”, explicou Nunes para o portal Gazeta do Povo.
Além disso, a polarização política persiste. Eleitores de Lula tendem a avaliar positivamente a economia, enquanto os de Bolsonaro acreditam em piora.
Regiões e Percepção da Situação Econômica Atual e Futura
A avaliação negativa do atual presidente Lula aumentou no Sudeste (de 34% para 35%), no Centro-Oeste/Norte (de 29% para 30%) e no Nordeste (de 20% para 22%), onde a aprovação ainda é alta, em 48%.
Na comparação com o governo de Jair Bolsonaro, 42% acreditam que o país está melhor, enquanto 37% consideram que está pior e 20% avaliam que está igual.
Entre os entrevistados, 43% acreditam que o Brasil segue na direção correta, mas 46% ainda têm desconfiança quanto ao futuro da economia.
Desafios na Comunicação
A pesquisa também apontou que 41% dos entrevistados percebem mais notícias negativas sobre o governo do que positivas (32%). Outros 23% relataram não receber informações, refletindo as dificuldades da equipe de comunicação do atual presidente.
A insatisfação com políticas econômicas aparece como o principal ponto negativo, incluindo aumento de preços, reforma tributária, posicionamento político e aumento de gastos públicos.
A metodologia utilizada na pesquisa
Essa foi a maior pesquisa realizada pela Quaest. Foram ouvidos 8.598 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro é de um ponto percentual, com nível de confiança de 95%.
O levantamento foi feito pessoalmente, em 120 municípios, nas cinco regiões do Brasil, a partir da aplicação de questionários da pesquisa que avalia o comportamento da política, entre outros dados.
O trabalho também utilizou dados disponibilizados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), da PNADC/IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Censo 2022.
Imagem destacada: Presidente Lula durante cerimônia em Brasília
3.dez.2024-Ricardo Stuckert/PR
Reprodução: UOL
