ABEV3 R$14,21 -0,07% ALOS3 R$19,35 -0,05% ASAI3 R$6,06 -1,62% AZUL4 R$4,40 +0,69% AZZA3 R$32,66 -2,51% B3SA3 R$10,00 +0,71% BBAS3 R$24,67 -0,24% BBDC4 R$12,24 -0,65% BBSE3 R$35,66 +0,68% Bitcoin R$588.145 -2,79% BPAC11 R$30,37 -0,78% BRAV3 R$21,44 +0,89% BRFS3 R$28,69 +1,31% CMIG4 R$11,63 +1,13% CPLE6 R$9,57 -0,21% CSAN3 R$9,36 -0,43% CYRE3 R$18,39 -0,81% Dólar R$6,08 +0,01% ELET3 R$35,95 -1,43% EMBR3 R$56,44 -1,54% ENGI11 R$38,46 -1,54% EQTL3 R$29,58 -0,57% ggbr4 R$21,15 +3,32% Ibovespa 127.210pts +1,00% IFIX 2.999pts -0,63% itub4 R$32,86 +0,49% mglu3 R$8,46 -0,94% petr4 R$40,04 +2,59% vale3 R$59,83 +5,32%

COPOM Eleva Taxa de Juros e Selic Chega a 12,25% ao Ano

Na última reunião do ano, realizada nesta quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano. Esse aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros reflete uma medida mais enérgica do Banco Central para combater a inflação.

Essa decisão representa a maior elevação da taxa de juros durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e é a maior escalada desde fevereiro de 2022, quando a taxa subiu 1,5 ponto percentual.

Os nove diretores do Banco Central votaram de forma unânime a favor do aumento da Selic. Em comunicado, o Copom prevê novos aumentos de 1 ponto percentual nas próximas reuniões, programadas para janeiro e março do próximo ano.

“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, informou o Banco Central em texto divulgado.

O boletim Focus, publicado na segunda-feira (9), indicava que a mediana do mercado esperava um aumento de 0,75 ponto percentual, levando a Selic para 12% ao ano.

A nova regra de gastos públicos, aprovada em 2023, eliminou o teto de gastos. Agora, as despesas do governo podem crescer entre 0,6% e 2,5% acima da receita do ano anterior, corrigidas pela inflação. Dentro dessa faixa, os gastos podem aumentar até 70% da variação da receita do ano anterior.

No entanto, valores como o salário mínimo e outros gastos governamentais vêm crescendo a um ritmo superior ao permitido pela regra fiscal, pressionando as despesas discricionárias no orçamento federal. O pacote fiscal anunciado no final de novembro e a subsequente desvalorização do câmbio impactam diretamente na aceleração dos juros e no aumento dos preços.

Influência do Pacote Fiscal

Entre os fatores que impulsionam a elevação da taxa de juros está o pacote de R$70 bilhões e a isenção de IR de até R$5 mil anunciada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essas medidas incluem o aumento do salário mínimo dentro dos limites estabelecidos pelo novo arcabouço fiscal.

O Papel do Dólar na decisão do Copom

Nesta quarta-feira (11), o dólar oscilava em torno de 6,06% frente ao real, recuperando as perdas do dia anterior. Às 09h31, o dólar subia 0,18%, sendo cotado a R$6,0559 na venda. A queda no dólar na terça-feira ocorreu devido à divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e ao anúncio da decisão de juros do Copom.

O governo divulgou uma portaria na terça-feira detalhando procedimentos e prazos para a liberação de emendas parlamentares, instrumento central no mal-estar entre o Executivo e o Legislativo.

Os investidores estavam cautelosos, aguardando os eventos econômicos mais importantes da semana. O Banco Central realizará um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025. 

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,10%, a R$6,063 na venda.

As atenções também se voltavam para a publicação do relatório de inflação ao consumidor dos EUA, que pode influenciar a decisão de política monetária do Federal Reserve na próxima semana. 

Os mercados globais também estavam atentos a possíveis anúncios do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, cujas promessas de campanha, incluindo tarifas, são vistas como inflacionárias por analistas, o que pode manter os juros elevados no próximo ano.

Última Reunião do Copom com Roberto Campos Neto

Nesta quarta-feira (11), Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, participou de sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Nomeado em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, Campos Neto presenciou a transição para a autonomia do Banco Central, enfrentou a polarização política e acompanhou a revolução tecnológica nos meios de pagamento.

Durante sua gestão, o BC implementou um ciclo de cortes na Selic, reduzindo a taxa a 2% ao ano em outubro de 2020, o menor nível da história. Sua administração foi marcada por manter a Selic em níveis historicamente baixos durante a pandemia da Covid-19.

Agora, com a retomada do ciclo de alta da Selic, atualmente em 11,25% ao ano, devido à deterioração das expectativas do mercado sobre a política fiscal do governo e às incertezas globais, Campos Neto se despede do cargo de presidente do Copom.

Em janeiro, Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, assumirá a presidência do Banco Central, sendo o primeiro indicado pelo terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Imagem destaque: Remessa Online

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