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Investidores Estrangeiros Atraídos Por Fundos Imobiliários Enfrentam Desafios em 2024

Fotografia de um horizonte urbano moderno.

Os fundos imobiliários (FIIs) no Brasil estão passando por um momento de volatilidade, especialmente com a recente alta da taxa Selic, que impactou negativamente o desempenho do setor. Em setembro, o IFIX, índice que mede o desempenho dos FIIs, registrou sua pior queda desde 2022, refletindo a desconfiança dos investidores em relação ao futuro econômico. Apesar disso, o interesse de investidores estrangeiros por esses ativos tem crescido, com aportes significativos no mercado.

Principais Pontos

  • O IFIX teve uma desvalorização de 2,58%, a maior desde novembro de 2022.
  • Fundos de tijolo, especialmente os de shoppings e lajes corporativas, foram os mais afetados.
  • A alta da Selic, atualmente em 12,25%, pressiona o custo de capital e a demanda por imóveis.
  • Investidores estrangeiros estão cada vez mais presentes, representando 16% do volume negociado.

Desempenho dos Fundos Imobiliários

Os fundos imobiliários enfrentaram um cenário desafiador em 2024, com a alta da Selic impactando diretamente a rentabilidade e a atratividade desses ativos. O IFIX, que começou o ano com expectativas otimistas, viu sua trajetória mudar drasticamente, acumulando perdas significativas. Os fundos de tijolo, que investem em imóveis físicos, foram os mais prejudicados, com desvalorizações que chegaram a 4,63%.

Os fundos de papel, que investem em títulos de crédito do setor imobiliário, mostraram um desempenho relativamente melhor, com uma queda de apenas 1,90%. Isso se deve à sua menor sensibilidade às flutuações da taxa Selic, já que muitos desses ativos são atrelados a indicadores como o CDI.

O Interesse Estrangeiro

O aumento do interesse de investidores estrangeiros nos FIIs brasileiros é notável. Em 2019, a participação de investidores não residentes era de apenas 5%, enquanto atualmente representa 16% do volume negociado. Esses investidores buscam aproveitar a liquidez e os retornos atrativos que os FIIs podem oferecer, mesmo em um cenário de juros elevados.

Os ETFs globais e fundos mútuos têm sido os principais responsáveis por essa nova onda de investimentos, com alocações que somam cerca de R$ 5 bilhões. Os fundos mais populares entre os investidores estrangeiros incluem o Maxi Renda (MXRF11) e o Kinea Rendimentos (KNCR11).

Perspectivas para 2025 e Além

O cenário para os FIIs em 2025 é misto. Enquanto a alta da Selic e a pressão inflacionária continuam a ser preocupações, especialistas acreditam que existem oportunidades para investidores de longo prazo. A expectativa é que, com a estabilização da Selic, os fundos imobiliários possam se recuperar gradualmente.

Os fundos de papel, especialmente aqueles atrelados ao CDI, são vistos como uma boa opção para quem busca retornos consistentes. Por outro lado, os fundos de tijolo podem apresentar oportunidades de compra a preços mais baixos, uma vez que muitos ativos estão subavaliados devido à recente volatilidade do mercado.

Conclusão

Os fundos imobiliários no Brasil estão em um momento de transição, enfrentando desafios significativos devido à alta da taxa Selic e à incerteza econômica. No entanto, o crescente interesse de investidores estrangeiros pode trazer novas oportunidades para o setor. Para os investidores, a diversificação e a análise cuidadosa dos ativos serão essenciais para navegar neste ambiente desafiador.

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