ABEV3 R$13,10 +1,95% ALOS3 R$18,35 +1,21% ASAI3 R$6,80 +5,59% AZUL4 R$3,90 +2,36% AZZA3 R$26,60 +2,98% B3SA3 R$10,70 +0,56% BBAS3 R$28,06 +1,19% BBDC4 R$11,69 +1,21% BBSE3 R$39,02 -0,08% Bitcoin R$475.308 -4,56% BPAC11 R$32,08 +2,00% BRAV3 R$17,82 +10,82% BRFS3 R$19,18 +3,68% CMIG4 R$11,36 +0,35% CPLE6 R$9,92 +1,64% CSAN3 R$7,27 +2,98% CYRE3 R$21,75 +3,08% Dólar R$5,79 0,00% ELET3 R$38,98 +0,80% EMBR3 R$73,68 -1,39% ENGI11 R$39,22 +2,64% EQTL3 R$30,80 +1,92% ggbr4 R$16,96 +0,83% Ibovespa 125.035pts +1,36% IFIX 3.161pts +0,65% itub4 R$32,60 +0,43% mglu3 R$7,86 +10,55% petr4 R$34,63 +1,08% vale3 R$57,02 +1,46%

Alta dos preços dos alimentos afeta ainda mais a população de baixa renda

Estudo aponta que gastos com alimentação representam 22,6% da renda de quem recebe de 1 a 1,5 salário mínimo

Um levantamento conduzido pelo Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), coordenado por André Braz, revelou que a alta nos preços dos alimentos afeta principalmente a população de baixa renda.

Os dados indicam que, em 2025, os gastos com alimentação representam 22,6% do orçamento das famílias que recebem entre um e um salário e meio mínimo (R$1.518 a R$2.277). Esse percentual era menor em 2018, quando os alimentos correspondiam a 18,4% das despesas domésticas.

Com esse aumento, o orçamento dessas famílias fica ainda mais direcionado à alimentação, tornando os efeitos da inflação mais perceptíveis e impactando a percepção geral sobre a economia, conforme aponta André Braz.

O aumento nos preços dos alimentos supera a inflação geral do mesmo período, que registrou alta de 33,4%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O custo dos alimentos subiu quase o dobro da inflação média. O Brasil tem grandes desigualdades, e quanto menor a renda, maior é a parcela destinada à alimentação. Por isso, essas famílias sentem mais a elevação dos preços dos alimentos do que a inflação geral, já que têm uma cesta de consumo mais restrita”, explica Braz.

Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,16%, marcando o quinto aumento consecutivo no setor de alimentos e bebidas. Entre os itens que mais encareceram no período estão o café e a cenoura.

Preços dos alimentos
Fonte: Redação Onze

“Há momentos em que a oferta de alguns produtos diminui e os preços sobem. Quando a produção se normaliza, os valores tendem a cair. No entanto, essa oscilação está perdendo espaço para um ciclo de aumentos. Se um alimento sobe 10%, a queda posterior é menor”, afirma o economista.

O IPCA-15, considerado um indicador antecipado da inflação, será divulgado nesta terça-feira (25). A expectativa é que os alimentos continuem sendo um dos principais fatores de pressão sobre os preços.

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“Também observamos o impacto do reajuste das mensalidades escolares, o aumento nos combustíveis devido à tributação e a elevação das tarifas de energia. Embora janeiro tenha registrado a menor variação desde o Plano Real, não significa que fevereiro terá a maior, mas deve figurar entre os meses com inflação mais elevada”, avalia Braz.

Outros fatores que influenciam os preços dos alimentos

Além da inflação, questões climáticas também afetam os preços, especialmente das carnes bovinas e de aves.

“No último ano, tivemos uma sucessão de eventos climáticos que agravaram esse cenário. O El Niño trouxe chuvas intensas ao Sul do país, enquanto o La Niña provocou estiagens severas em algumas regiões, resultando em quebras de safra significativas”, explica Braz.

Outro fator que contribui para a elevação dos preços é a desvalorização do real, que influencia o mercado de exportação e encarece alguns produtos. O fortalecimento do mercado de trabalho e o aumento da demanda interna também exercem pressão sobre os valores dos alimentos.

Além disso, o recente impasse envolvendo o Plano Safra 2024/2025 gerou preocupações quanto ao impacto nos preços nos próximos meses.

Na última quinta-feira (20), o Tesouro Nacional suspendeu temporariamente novas concessões de financiamento com subvenção federal, mantendo apenas o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O motivo foi o atraso na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que ainda está em discussão no Congresso.

Para contornar essa situação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a liberação de um crédito extraordinário de R$4 bilhões, dentro dos limites fiscais estabelecidos.

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Haddad criticou a demora na apresentação do relatório do senador Ângelo Coronel (PSD-BA) sobre o orçamento e mencionou que o presidente Lula cobrou uma solução para o problema. O Tribunal de Contas da União (TCU) indicou que a liberação desse crédito era a única alternativa viável.

Segundo o ministro, a medida provisória será publicada até segunda-feira, garantindo que as linhas de crédito sejam retomadas na próxima semana.

Para André Braz, essa injeção de recursos é essencial, especialmente para pequenos produtores, pois pode ampliar a oferta de alimentos e contribuir para conter os preços.

“Facilitar o acesso ao crédito para os pequenos agricultores é fundamental. Além disso, investir em tecnologia e oferecer financiamento com juros mais baixos pode fazer a diferença, pois muitos produtores têm renda limitada. Alguns acabam abandonando a atividade por não conseguirem cobrir os custos e obter lucro”, conclui Braz.

Paralelamente, empresas de vale-refeição também estão adotando medidas para reduzir taxas e minimizar os impactos sobre os consumidores.

Imagem destacada: Reprodução/Rádio Super Difusora

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